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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Crianças do Apartheid

O racismo sempre existiu e ainda hoje

existe no mundo inteiro.

Porém, durante o século XX, havia mais do que apenas racismo na África do Sul. Nesse país, em 1948, o racismo

foi legalizado e recebeu o

nome de Apartheid.

Apartheid
Apartheid quer dizer ‘segregação’ em africânder. Os negros e os

brancos eram mantidos separados uns dos outros. O Apartheid era um racismo legalizado, apoiado pelo governo, pelas leis e pelos tribunais de justiça.

Famílias proibidas
O casamento entre negros e brancos era ilegal. Se um negro e um branco

tivessem um filho juntos, ele era chamado de ‘criança de cor’ e era obrigado a morar com quem fosse negro, o pai ou a mãe. Se a polícia

descobrisse que os pais viviam juntos, estes eram processados e, às vezes, presos.

Lares ilegais
A África do Sul foi dividida

em áreas de brancos e áreas de negros. Milhões de crianças e suas famílias viram-se forçadas a abandonar suas casas nas áreas de ‘brancos’, para se mudarem

para os guetos de ‘negros’. Nesses lugares,
o desemprego massivo

obrigava os chefes de família a deixarem seus filhos com parentes, em busca de trabalho longe dali, nas residências dos brancos, na agricultura e nas fábricas. Muitas crianças negras viam seus pais apenas no Natal.

Escolas pobres para negros
As escolas nos guetos ‘negros’ eram muito pobres. As crianças tinham que compartilhar as carteiras escolares e, com frequência, mais de 60 estudantes se empilhavam numa única sala de aula ou embaixo de alguma árvore. As crianças negras eram proibidas de frequentar as escolas das crianças brancas. Além disso, as escolas para ‘negros’ contavam com poucos recursos e a meta do ensino era prepará-las para trabalharem para os brancos. Em 1975, o governo investia 42 rands na educação de cada criança negra e 644 rands, isto é, 15 vezes mais, na de cada criança branca.

Trabalho infantil
Milhares de crianças trabalhavam em fábricas e nas fazendas de brancos. Elas eram mal alimentadas, mal remuneradas pelo seu trabalho e nunca iam à escola.

Preso por não ter passe
Os negros eram obrigados a carregar um passe, denominado ‘dompas’, que significa ‘passe estúpido’. Se fossem pegos sem o passe, eram
presos ou enviados de volta às ‘áreas dos negros’, perdendo, assim, seus empregos.

Crianças na Prisão
Milhares de crianças foram
às ruas porque não tinham um lar para viver. Elas formaram gangues de rua e criaram ‘famílias’ sem adultos.
Elas tinham que roubar
para comer e foram colocadas na prisão por furto.

Apartheid em todo lugar
Uma lei de 1953 tornou ilegal para crianças negras e seus pais o uso de ônibus, parques, bancos, banheiros públicos, lojas, hotéis, restaurantes e muitos outros serviços destinados apenas aos brancos.
A sinalização dizia: ‘Somente brancos’.

Parentes no exílio
As organizações políticas dos negros, incluindo o CNA de Mandela, eram banidas. Centenas de pais tiveram que deixar o país e milhares foram presos. Muitos adultos tinham que viver viajando para escapar da polícia. Como resultado, milhares de crianças tiveram que ser criadas pelas avós, enquanto seus pais lutavam contra o apartheid.

Protesto nas escolas
Em 16 de junho de 1976, estudantes negros fizeram um protesto contra a baixa qualidade do ensino para os negros. A polícia respondeu com tiros e bombas de gás lacrimogêneo. Hector Pieterson, de 13 anos, foi assassinado. Hoje, na África do Sul, o dia 16 de junho é feriado nacional, em homenagem a todos os jovens que perderam a vida na luta contra o Apartheid.

Violência contra crianças
Os protestos estudantis continuaram por 15 anos, até o fim do Apartheid. A polícia e os militares usaram de violência contra jovens e crianças. Muitos deles foram presos, torturados e assassinados.

Pais encarcerados
Os negros sul-africanos sentiam-se revoltados com as injustiças cometidas contra eles. Era-lhes impossível cuidar dos próprios filhos. Havia poucos hospitais pediátricos nos guetos negros para atender às crianças doentes. As moradias e as escolas eram pobres e não havia áreas de lazer. Os negros, então, se reuniam em grupos anti-Apartheid e protestavam. Milhares de crianças perderam seus pais, que foram assassinados ou presos porque protestaram.

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